Lu é Colunista do Unidos pela Vida, e mãe de duas meninas com Fibrose Cística.
“Eu sei… todo mundo já falou sobre a importância da alimentação na Fibrose Cística para você.
Aí, você fica pensando em todas as comidas deliciosas que faz e seu filho não come, nos almoços e jantares onde o prato principal de muitos pais e mães é a preocupação com a criança que não quer saber de experimentar nada!
Passei por isso, e hoje vou tentar ajudar com algumas dicas importantes! Espero que ajudem:
Tente relaxar: Não demonstre ao pequeno que está preocupada ou nervosa, o momento da refeição tem que ser tranquilo e lúdico.
Nem tudo é culpa da FC: Saiba que grande parte das crianças não come muito bem até os 6 anos, independente de ter ou não FC, ou seja, nem tudo é por causa da doença.
Gosto não se discute: Entenda que o importante é que seu filho coma coisas saudáveis e calóricas, não necessariamente a comida que você quer que ele coma. Só para exemplificar, minhas filhas quando começaram a experimentar comida só queriam comer farofa! Então, passamos meses colocando farofa em todos os tipos de alimentos, salgados ou doces (nossos pratos deixariam qualquer chef de cozinha indignado), mas funcionava!
Cozinhe em família!: A criança tem o paladar pouco desenvolvido, e por isso temos que oportunizar a descoberta do que gostam de comer. Permita que eles cozinhem com você, experimentem temperos e ingredientes, coloque um avental e faça dele um chef de cozinha! Isso pode fazer milagres na alimentação!
Sensações são importantes!: Ofereça o máximo de alimentos que possam ser comidos com as mãos (tome cuidado com a higiene e contaminação). É muito mais fácil comer quando o alimento não é o principal foco para a criança, comer um bolinho de arroz enquanto brinca é mais interessante do que um prato de arroz que vai tirá-lo da brincadeira. (E pode-se fazer bolinhos de qualquer coisa, além de frutas, e outros alimentos).
Inspire, respire e não pire! Mantenha a calma, porque em alguns dias nada disso vai funcionar. O processo de “aprender a gostar de comer” é lento, e o importante é não desistir. Minhas filhas chegaram à 1 ano e 8 meses com 7 kg e não aceitavam comer absolutamente nada. Não foi fácil, mas conseguimos. Hoje elas estão com 4 anos e comem bem, têm dificuldade para ganhar peso mas não tiveram mais problema de desnutrição, amam cozinhar comigo e de vez em quando me lembram que não coloquei “olégano” ou “açafão” no prato que estamos preparando!
E você, tem cozinhado com seus filhos? Conte suas experiências!
=)
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.
Complementos: Verônica Stasiak Bednarczuk, psicóloga (CRP 08/16.156), fundadora e diretora do Unidos pela Vida, diagnosticada com Fibrose Cística aos 23 anos de idade.
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Source: Unidos pela Vida