Jaqueline Tebaldi tem 18 anos, mora em São Paulo e foi diagnosticada com Fibrose Cística aos 2 anos e 9 meses por meio do Teste do Suor. Ela já sofria com os sintomas característicos da doença, como diarreia, tosse crônica e secreção, desde pequena. Na época de engatinhar, sentia muito cansaço e só queria colo. Quando tentava andar, logo desistia, pois ficava exausta.
Sua mãe sempre tentou descobrir o que realmente estava acontecendo. Nos hospitais, os médicos sempre diziam que Jaqueline tinha bronquite, asma ou anemia mas os tratamentos nunca funcionavam. Isso mudou quando uma médica relacionou os sintomas com a Fibrose Cística e a encaminhou para a Dra. Neiva Damaceno, profissional que realizou o Teste do Suor e diagnosticou a doença.
O tratamento teve início de maneira imediata. Jaqueline passou a tomar vários medicamentos e a fazer fisioterapia e inalação. No final de 2013, foi encaminhada para a fila de transplante e em 18 de junho de 2016, finalmente conseguiu realizar o procedimento.
Antes disso, em março de 2016, Jaqueline ficou na UTI por muito tempo, totalmente debilitada, sem conseguir andar, sentar e 10 quilos mais magra. “Eu não tinha forças”. Foi nesse momento que sua médica pediu prioridade para Jaqueline na fila de transplante. Após a cirurgia, sua vida se renovou.
“Parece que estou vivendo um sonho, e se isso for um sonho, eu não quero acordar. Costumo dizer que, com o transplante, vivo uma vida de liberdade. Antes eu sobrevivia, hoje eu vivo”. Hoje, Jaqueline pode correr, dançar, viajar e o mais importante… Respirar!
Agora, Jaqueline voltou a estudar e espera a realização de uma cirurgia para o fechamento da gastrostomia que fez antes do transplante. O procedimento não tem previsão para ser realizado, e essa espera fez com que Jaqueline tivesse que parar de frequentar a academia, algo que sempre gostou de fazer. Lá ela fazia musculação, aulas funcionais, dança e já estava iniciando o tratamento para correr longas distâncias.
Depois de tantos obstáculos vencidos, Jaqueline decidiu criar uma página no Instagram para divulgar informações sobre a Fibrose Cística e também sobre a doação de órgãos. Seu principal objetivo é mostrar para as pessoas que ainda esperam pelo transplante como é a vida após o procedimento.
“Conheci muita gente que desistiu do transplante e acabou falecendo, principalmente pessoas com Fibrose Cística. Já ouvi que estou trocando uma doença pela outra, mas não concordo e é por isso que quero mostrar que eu venci e que elas também podem vencer. Na época em que eu estava na fila, também tinha muitas dúvidas e medos, por isso, sei como palavras de incentivo e inspiração podem fazer a pessoa ver que tudo pode dar certo”.
“Você é muito mais forte do que imagina, continue lutando pelo vida. A Fibrose Cística faz parte do que você é, mas nunca será o limite do que você pode ser. Encare os desafios com a cabeça erguida e lute para conquistar o impossível”.
Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.
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